Por que é importante evitar ser lambido no rosto por seu cachorro
Receber o carinho do seu cachorro ao chegar em casa pode ser uma experiência maravilhosa. No entanto, é fundamental ter consciência dos riscos à saúde que essa demonstração de afeto pode trazer. As lambidas dos cães, embora pareçam inofensivas, podem ser uma fonte de contaminação, transmitindo uma variedade de doenças aos seres humanos.
Riscos associados ao contato com a saliva do cachorro
Embora o amor canino seja inegável, é importante considerar que a saliva dos cães pode abrigar diversas bactérias que podem ser prejudiciais à saúde humana. A professora Andrea Micke Moreno, do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal da Faculdade de Medicina Veterinária da USP, alerta que a microbiota presente na boca dos cães difere significativamente da microbiota humana. Essa diferença pode aumentar o risco de infecções, especialmente quando os cães lambem áreas que não são limpas, como suas patas e região genital.
Grupos de risco
Alguns indivíduos são mais vulneráveis a infecções provenientes do contato com a saliva dos cães. Os grupos que devem ter cuidados redobrados incluem:
- Crianças menores de 5 anos
- Idosos com mais de 65 anos
- Gestantes
- Pessoas imunossuprimidas, como aqueles em tratamento quimioterápico, diabéticos, portadores de doenças crônicas, HIV positivos e transplantados
Esses grupos são mais suscetíveis a infecções que podem resultar de lambidas, pois feridas ou áreas de pele expostas podem ser facilmente contaminadas.
O que contém a saliva dos cães?
A saliva dos cães pode conter uma variedade de patógenos, alguns dos quais podem ser prejudiciais aos humanos. A microbiologista Marcia Pinto Mayer, também da USP, destaca que o contato dos cães com a região perianal de outros animais e seus próprios hábitos de higiene podem facilitar a disseminação de microrganismos intestinais. Entre os patógenos mais comuns que podem ser transmitidos através das lambidas estão:
- Pasteurella multocida: Bactéria que pode causar inchaço dos gânglios linfáticos, infecções respiratórias e até meningite.
- Campylobacter jejuni: Pode provocar inflamação do cólon, resultando em febre, dor abdominal e diarreia.
- Capnocytophaga canimorsus: Difícil de detectar em laboratório, essa bactéria pode causar infecções de feridas, septicemia e pneumonia.
- Staphylococcus aureus: Esta bactéria, que é resistente a antibióticos, pode causar infecções cutâneas e complicações pulmonares.
Embora a presença dessas bactérias na saliva dos cães possa ser alarmante, é importante ressaltar que a maioria delas não representa um grande risco para adultos saudáveis. Contudo, os grupos vulneráveis devem ser cautelosos.
Cuidados para um convívio saudável
Além dos riscos para os humanos, é essencial lembrar que os cães também podem contrair doenças ao entrar em contato com a saliva e secreções humanas. Por isso, é vital adotar algumas práticas de higiene e cuidados para garantir um ambiente seguro para ambos:
- Mantenha as vacinas do animal em dia e faça visitas regulares ao veterinário.
- Garanta que o animal esteja limpo, incluindo a lavagem de suas caminhas e cobertas.
- Forneça água tratada e impeça que o animal tenha acesso a água empoçada ou do vaso sanitário.
- Considere a castração dos animais para reduzir a transmissão de doenças através de secreções.
- Desinfete regularmente as superfícies que entram em contato com os animais, especialmente áreas de descanso, alimentação e brinquedos.
- Lave as mãos após brincar ou ter contato com o cachorro e seu ambiente.
A adoção dessas medidas não só protege a saúde dos humanos como também a dos pets, criando um convívio mais harmonioso e seguro.
Considerações finais
Embora a relação entre humanos e cães seja repleta de amor e afeto, é imprescindível estar ciente dos riscos associados ao contato direto, especialmente quando se trata de lambidas no rosto. A prevenção e os cuidados adequados podem fazer toda a diferença na saúde de todos os envolvidos. Para informações adicionais sobre saúde animal, considere a Desparasitação Natural.
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Observação Importante: Consulte sempre um nutricionista antes de iniciar qualquer protocolo de jejum prolongado, especialmente se tiver condições de saúde pré-existentes. Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui orientação profissional.